Demorou um pouco mas agora eu sei. Não faz muito tempo que eu mudei de idéia, mas eu não me importo em não fazer trabalho em grupo porque, por agora, eu acredito que duas ou mais idéias juntas não vai dar a lugar algum. Todos os dias, eu fico feliz quando posso dirigir sozinha só pra poder cantar bem alto, sem que alguém me implore para calar a boca, por não aguentar o meu tom desafinado. Mais do que nunca, eu faço questão de dormir bem no meio da cama em tamanho queen size, só pra ter a sensação de que ninguém pode me impedir de afastar um pouco mais.
Eu olho do outro lado da rua e vejo pessoas apaixonadas. Aonde quer que eu vá, existem casais abraçados e incrivelmente felizes como se não houvessem contas para pagar. E eu não consigo fazer o mesmo. É quase como um insulto para a minha idéia de liberdade e me dá logo vontade de abrir os braços, só pra ter certeza que ninguém tá me roubando espaço.
Eu vejo pessoas se encantando por outras e eu não sinto mudança nenhuma porque, enquanto ela deseja um final de semana a sós com ele, eu penso na minha viagem de 30 dias por Nova Iorque. Enquanto ele pensa no melhor presente que vai dar a ela e no que vão fazer no dia dos namorados, eu bebo duas ou mais taças de vinho e fico feliz por ter tempo de ficar em casa e escrever sentimentos mal contados.
Eu encontro gente sorrindo, suspirando e confortáveis em ligações românticas. E eu, fico contente por saber que ainda tenho créditos pra confirmar a hora com o meu entrevistado. Eu vejo casais reservando mesas para um jantar a dois e eu me sinto bem com a praticidade do delivery, por não precisar descer do carro. É esquisito e eu me irrito com essa mania chata de não dar continuidade.
As pessoas estão se apaixonando e eu pareço não me importar se ele não pedir meu número antes de ir embora. Enquanto ela pensa no vestido branco e na casa mobiliada, eu fico arquitetando planos livres pra quando eu sair da faculdade. Enquanto ele procura as alianças que mais combinam com os dois e em como vai ser o pedido de casamento, eu perco a hora pesquisando pré-requisitos para bolsas de pós-graduação, no exterior.
As pessoas começam a mudar e eu pareço não me importar em ficar parada no mesmo lugar, com as mesmas previsões e com as mesmas paixões desprendidas, avulsas e solitárias. Quando eu conheço alguém, eu escrevo cenas românticas e até fecho os olhos só pra simular um desses amores loucos, bandidos e inspiradores. Mas não dura muito tempo e eu até posso sentir o alívio de não ter que abrir os olhos e saber que era a realidade. Tudo isso, pra não atrapalhar meus planos imensos de abraçar o mundo, com dois braços que mal alcançam as prateleiras do meu próprio quarto. Ou, talvez, por ter meu coração completamente ocupado e não disposto a permitir mais entradas.
Eu fujo, sem perceber, de pessoas sensíveis, bacanas e que parecem querer algo mais que uma simples noitada. Talvez, porque eu não tenha paciência de esperar até que ele aceite os meus dias mal humorados, as minhas vontades exageradas ou as minhas reclamações constantes pela cidade. E eu acabo perdendo meu tempo com aqueles que não se dão nem o trabalho de me fazer repetir o nome. E é assim que as coisas são e é assim que eu faço. As pessoas mudam, se apaixonam e eu continuo sem novidades, não me importando em trocar passos errados. Eu não me prendo, não olho pra trás e não tenho nada que me faça querer voltar. E eu me liberto, eu bebo planos e, por agora, eu digo não, só pra convencer meu coração de que, talvez, aqui não seja mais o meu lugar.
"Everybody's changing and I don't feel the same".
.
Eu olho do outro lado da rua e vejo pessoas apaixonadas. Aonde quer que eu vá, existem casais abraçados e incrivelmente felizes como se não houvessem contas para pagar. E eu não consigo fazer o mesmo. É quase como um insulto para a minha idéia de liberdade e me dá logo vontade de abrir os braços, só pra ter certeza que ninguém tá me roubando espaço.
Eu vejo pessoas se encantando por outras e eu não sinto mudança nenhuma porque, enquanto ela deseja um final de semana a sós com ele, eu penso na minha viagem de 30 dias por Nova Iorque. Enquanto ele pensa no melhor presente que vai dar a ela e no que vão fazer no dia dos namorados, eu bebo duas ou mais taças de vinho e fico feliz por ter tempo de ficar em casa e escrever sentimentos mal contados.
Eu encontro gente sorrindo, suspirando e confortáveis em ligações românticas. E eu, fico contente por saber que ainda tenho créditos pra confirmar a hora com o meu entrevistado. Eu vejo casais reservando mesas para um jantar a dois e eu me sinto bem com a praticidade do delivery, por não precisar descer do carro. É esquisito e eu me irrito com essa mania chata de não dar continuidade.
As pessoas estão se apaixonando e eu pareço não me importar se ele não pedir meu número antes de ir embora. Enquanto ela pensa no vestido branco e na casa mobiliada, eu fico arquitetando planos livres pra quando eu sair da faculdade. Enquanto ele procura as alianças que mais combinam com os dois e em como vai ser o pedido de casamento, eu perco a hora pesquisando pré-requisitos para bolsas de pós-graduação, no exterior.
As pessoas começam a mudar e eu pareço não me importar em ficar parada no mesmo lugar, com as mesmas previsões e com as mesmas paixões desprendidas, avulsas e solitárias. Quando eu conheço alguém, eu escrevo cenas românticas e até fecho os olhos só pra simular um desses amores loucos, bandidos e inspiradores. Mas não dura muito tempo e eu até posso sentir o alívio de não ter que abrir os olhos e saber que era a realidade. Tudo isso, pra não atrapalhar meus planos imensos de abraçar o mundo, com dois braços que mal alcançam as prateleiras do meu próprio quarto. Ou, talvez, por ter meu coração completamente ocupado e não disposto a permitir mais entradas.
Eu fujo, sem perceber, de pessoas sensíveis, bacanas e que parecem querer algo mais que uma simples noitada. Talvez, porque eu não tenha paciência de esperar até que ele aceite os meus dias mal humorados, as minhas vontades exageradas ou as minhas reclamações constantes pela cidade. E eu acabo perdendo meu tempo com aqueles que não se dão nem o trabalho de me fazer repetir o nome. E é assim que as coisas são e é assim que eu faço. As pessoas mudam, se apaixonam e eu continuo sem novidades, não me importando em trocar passos errados. Eu não me prendo, não olho pra trás e não tenho nada que me faça querer voltar. E eu me liberto, eu bebo planos e, por agora, eu digo não, só pra convencer meu coração de que, talvez, aqui não seja mais o meu lugar.
"Everybody's changing and I don't feel the same".
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