4 de fev. de 2008

se retirar.

22 de novembro de 2007

Eu estava deitada, escutando Michael Bublé - home. Não sei dizer exatamente o porque, mas essa música me toca de uma forma alucinante. É automático. Ela toca. Eu enlouqueço. Eu me embebedo em pensamentos. Eu quase me afogo nesse mergulho inevitável na alma. E eu senti vontade de ficar em casa. Senti vontade de me refugiar naquele lar de lembranças. Vontade de reviver o que passou. O que não volta mais. E eu vi que o meu sonho é apenas o meu sonho. E por mais que eu quisesse, nem tudo soa como achamos que deveria. E então, uma voz profunda me alertou. Me incomodou, gritando que eu não poderia carregar comigo o que me era tudo. Os sorrisos de antes. Os sorrisos de agora. Nada. E olhei em minha volta tudo o que me era feliz. E queria só pra mim. Mas, tudo estava concentrado em nada. Imerso na ausência do agora em diante. Eu poderia até ter me sentindo sozinha. Falho. Mas não, não foi isso não. Envolvida nessa transparência da minha alma, eu percebi que existe um lado em mim que é impossível abandonar. Oh, I miss you, you know. Sim , eu tenho saudade. Da infância. Da ingenuidade. Do perigo perdido na inocência. De você. I just wanna go home. E deitar na minha cama novamente. Sonhar. É como se eu tivesse que ir. É engraçado. Essa música desperta em mim a ânsia incontrolável de permanecer em mim. De não precisar de mais nada. A não ser de um lugar tranquilo (lembrei da praia na ilha de florianópolis) onde eu possa me perder nesse labirinto de palavras. Toques. Olhares. E defeitos do meu lar. Do "dentro de mim". Do que é meu. Do que me basta. E é verdade. Por alguns instantes, é possível acreditar que a bagunça do meu lar. Do meu peito. É o bastante. E tão somente, o bastante para não ignorar o mundo que eu conheço tão bem. E assim, tão somente, ser feita de saudade. Feita de sonho. Let me go home It all will be alright I'll be home tonight...