4 de fev. de 2008

isso, me toque!

19 de janeiro de 2008

Às vezes a bagunça que se encontra aqui está tão abusiva, tão arrogante que me cansa. Nunca fui corretíssima. Quase nunca fiz o que era totalmente certo, normal ou cabível. Sempre tive meus dramas, meus surtos, meus exageros e minhas saídas escondidas. Nunca fui tão comportada, como parecia. Não sou de sorrir pra todo mundo, afinal nem todos precisam gostar de mim. Perturbo-me com qualquer sorriso torto. Sou de mudanças. Num dia ‘não vou com a sua cara’ e no outro eu me apaixono. Quase nunca estou pra padrões, mesmo porque sou passageira, dividida. Mudo feito a moda. Eu não estou aqui para verdades absolutas ou rimas na ponta da língua. Então não finjo felicidade. Minha vida não é feito uma equação de álgebra. Eu gosto do imprevisível, do espontâneo. Detesto essa mesmice tediosa e inevitável. Por isso vôo em pensamentos. Por isso me afogo em palavras e faço delas a minha festa ou a minha loucura. Venha-me com o coração na mão, com a saudade te tirando o fôlego e completamente à flor da pele. Eu quero alegrias gritantes. Quero gente falando e me tocando de forma exaustante. Sim, quero que me toquem. Quero que do meu coração saiam faíscas. Não quero mais o médio, o morno ou o raso. Estou pronta para alturas ofegantes e para o “frio e o quente” que você quer me dar. Eu estou pronta para acreditar em profundidades. Pronta para abrir as asas e aprender a voar.
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